quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Um Novo Mundo

Leiam em sua Bíblia: Gênesis 2.18-25, Salmo 128, Marcos 10.2-16, Hebreus 2.1-13.


Pense no mundo de hoje. O que você vê, o que vem à sua mente? Lembre o que a televisão e o jornal mostraram nos últimos dias. É ruim? É bom? É muito ruim? É muito bom?

Sabemos pelo relato do livro de Gênesis que Deus criou tudo de uma forma maravilhosa: a natureza, os animais, as plantas, o sol, a lua, as estrelas... E tudo era muito bom! Também criou o homem, a mulher e viu que tudo era muito bom. E disse a eles: tenham filhos, formem famílias, cuidem de tudo isso que Eu estou entregando para vocês.

Infelizmente sabemos o que aconteceu depois. Tudo foi deixando de ser muito bom. E hoje o que vemos no mundo? Casais em conflito, pais e filhos em conflito, famílias em conflitos, povos em conflitos, religiões em conflito, o mundo em conflito. O que é isso... onde nós fomos parar!?

A humanidade afastou-se de onde tudo era muito bom e foi parar onde tudo está muito mal. E por que? Todos sabemos: nos afastamos do Criador. Resolvemos fazer as coisas do jeito que nós achamos certo. E o resultado está à nossa volta e cada vez mais nos assusta.

Se olharmos a sequência do texto de Gênesis, já nos capítulos 3 e início do 4, encontraremos um resumo da situação da humanidade: desobediência a Deus, fuga e medo de Deus, pessoas colocando a culpa umas nas outras, colocando a culpa em Deus, sofrimento, dor, morte, ciúmes, inveja, assassinato. Esse é o relato do primeiro livro e dos primeiros capítulos da Bíblia, mas parece o relato do que temos hoje no mundo, nas famílias, na nossa casa, na nossa vida.

E por que isso é assim? Porque continuamos os mesmos. Preferindo uma vida longe de Deus, longe da vontade de Deus, longe do amor de Deus, longe de tudo aquilo que é “muito bom”.

Mas, felizmente, Ele não está longe de nós: pelo contrário, está muito próximo, com a sua graça, o seu perdão, o seu amor, o seu convite para que não nos afastemos Dele. Do mesmo modo como esteve no relato de Gênesis, próximo daqueles que pecaram, indo ao encontro deles, perguntando ao homem: Onde estás, onde você foi parar? Perguntando para a mulher: O que você fez? - como que chamando ao arrependimento, e prometendo a vitória sobre o mal. Sim, Ele mesmo querendo, agindo e fazendo com que tudo possa voltar a ser muito bom. E Ele age assim também hoje em relação a nós, tão pecadores, tão amados por Ele.

É essa a promessa e conforto que o Salmo 128 nos traz: Feliz aquele que teme a Deus - o Senhor - e vive de acordo com a sua vontade. Eles receberão bênçãos materiais suficientes para viver, bênçãos para a família, ao esposo, à esposa, aos filhos, felicidade, bênção “todos os dias da sua vida”, paz!
Você deseja tudo isso? Certamente!

Deus já está se concedendo essas coisas para você e sua família? Louve sempre a Ele e continue a servi-Lo. Ou você não está percebendo que Deus tem sido bom para você? Olhe à sua volta, ao mundo mau que está ao seu redor, aos graves problemas que nos envolvem. Abra os olhos e agradeça a Deus por Ele estar, sim, perto de você - e continue a servi-Lo!

Mas se você não está sentindo plenamente essa felicidade e paz, procure verificar se na sua vida e na da sua família o temor a Deus não está sendo deixado de lado, se o viver de acordo com a sua vontade não está sendo esquecido. Verifique se o primeiro dos mandamentos para uma vida abençoada não está sendo desprezado: Eu sou o Senhor teu Deus; não tenhas outros deuses, outras coisas ocupando o Meu lugar. 

Jesus nos ensina e mostra a profundidade - e ao mesmo tempo a simplicidade - desse mandamento: "Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento”. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: “Ame o seu próximo como a si mesmo” (Mateus 22.37-39).

Esses dois “amores” estão presentes em nossas vidas? Temos amado a Deus e aos outros com intensidade? Ou temos outras coisas e interesses, outros “deuses” no lugar de Deus e da sua vontade?
Cada um pense na sua vida e veja como está sendo o uso do tempo que recebemos, o uso dos dons e capacidades, o uso dos bens e coisas materiais que tem sido colocadas por Deus em nossa vida. Temos mostrado o nosso amor a Deus, às suas orientações e aos que estão à nossa volta ou temos deixado que os nossos interesses e a nossa vontade ocupe todo nosso coração, mente e entendimento?

Nunca esqueçamos: felicidade, paz, vida satisfeita, alegria profunda, bênçãos, força para superar momentos difíceis, só existem quando Deus está junto de nós e nós junto Dele. E essa relação é tal qual uma torneira: se você desliga, para de vir água. Se você deixa de andar nos caminhos do Senhor, tudo aquilo que Deus tem - e é muito bom - para de chegar.

Se você ou sua família não estão desfrutando daquilo que o Salmo fala, procure descobrir se o pecado não está ocupando o lugar de Deus na sua vida, se a desobediência à vontade Dele e a teimosia em querermos viver do nosso jeito não estão tomando a nosso coração e mente. Os textos lidos de Gênesis e do Salmo mostram isso com muito clareza: longe de Deus certamente teremos problemas. E é assim na vida dos casais, na vida das famílias, na vida da igreja, na vida da sociedade. 

Converse sobre isso com a sua família, com os seus irmãos na fé, com o seu pastor... converse com Deus. Ele falando com você por meio da Sua palavra, você falando com Ele em oração.

E relembrando parte do texto do evangelho, sejamos como as crianças daquele relato: “o Reino de Deus é das pessoas como estas crianças”, disse Jesus. “Quem não receber o Reino de Deus como uma criança nunca entrará nele”.

E como é ser criança? Alguém ainda lembra, depois de tanto tempo não sendo mais criança?
Pensemos em algumas características das crianças: tudo para elas está bom; elas têm confiança no pai/mãe; elas têm grande amor ao pai/mãe; nelas há sinceridade; há uma alegria contagiante; elas são também inquietas, ativas. Uma criança cresce e se desenvolve; uma criança confia sem questionar; o coração e a mente delas estão abertos espontaneamente. Elas ousam pedir com simplicidade; elas não desprezam o que realmente é importante e valioso. Elas querem estar perto do pai/mãe; sabem que são dependentes deles. Elas recebem o presente aguardado com muita alegria e gratidão verdadeiras.
Vamos pensar nisso e verificar se estamos sendo crianças em nosso relacionamento com o nosso Pai. Será que temos cultivado essas características? Lembremos o que Jesus disse: “o Reino de Deus é das pessoas como estas crianças”, “quem não receber o Reino de Deus como uma criança nunca entrará nele”.

Há ainda outro aspecto muito importante nesse texto do evangelho: a postura de Jesus. Ele nos revela que só podemos nos aproximar Dele e entrar no Reino de Deus, porque Ele quer nos receber e nos recebe. E depois de recebidos, Ele abraça, Ele abençoa. Isto é a maravilhosa graça de nosso Deus: SOMENTE A GRAÇA!

Não sejamos nós, com nossas palavras, nosso jeito de viver, nossas atitudes, empecilhos para que a graça de Deus chegue até nós, aos nossos filhos e família, aos nossos conhecidos ou às outras pessoas. Jesus repreende os discípulos que agem assim. Quantas vezes - com o nosso mau exemplo - levamos outros a desprezarem Jesus. E assim fazemos quando nós mesmos desprezamos o encontro com o Salvador, quando demonstramos que não queremos estar com Deus.

Não nos enganemos: precisamos muito Dele, nossa alma cansada e sobrecarregada por causa dos pecados anseia estar com Cristo para receber alívio. “Pela graça de Deus vocês são salvos, por meio da fé” (Efésios 2.8). SOMENTE A FÉ! Sem a fé, não se recebe a graça e nem a salvação. Pois é Jesus quem guia para a salvação (Hebreus 2.10). 

E Ele o faz pela Escritura, pela Bíblia. É ela que nos revela a graça de Deus e a fé como meio de salvação. Felizes aqueles que estão na presença de Jesus Cristo, juntos de Cristo. Ou como dito no Salmo 128: Feliz aquele que teme a Deus - o Senhor - e vive de acordo com a sua vontade. E essa vontade está revelada na Escritura. SOMENTE A ESCRITURA!

Precisamos, portanto, ter nosso coração, nossa mente, nossa vida, apegados a Jesus, à graça de Deus, mediante a fé em Cristo e ninguém que vive assim ficará de fora do Reino de Deus.

E a carta escrita aos Hebreus reafirma como podemos estar nesse Reino: “Prestar mais atenção nas verdades que temos ouvido, para não nos desviarmos dela” (Hebreus 2.1). Muitas vezes não temos agido assim, pois estamos ausentes dos cultos, dos estudos bíblicos, distantes das devoções e da Bíblia.
“Aqueles que não a seguiram nem foram obedientes a ela receberam o castigo” (Hebreus 2.2). É o que revela a história da humanidade, a história da nossa vida e das nossas famílias.

Por isso, longe de nós “desprezarmos uma tão grande salvação” (v. 3), que “o próprio Senhor Jesus anunciou” (v. 3) e que nós também precisamos anunciar. Aquela que Deus, em seu grande amor, nos oferece: “Que é um simples ser humano, ó Deus, para que penses nele? Que é o ser mortal para que te preocupes com ele?” (v. 6)

Sim, por esse ser humano, esse ser mortal, por nós, Jesus veio, se humilhou, “para que, pela graça de Deus, ele morresse por todas as pessoas” (v. 9).  “É Jesus quem os guia para a salvação. Jesus purifica as pessoas dos seus pecados; e todos os que são purificados, têm o mesmo Pai” (vs. 10 e 11). 
Há coisa melhor do que estar limpo, do que ser filho do Pai, do Senhor Deus? Há algo melhor do que ser acompanhado por Jesus e na vida eterna, ouvir estas palavras: “Aqui estou eu com os filhos que Deus me deu”? (v. 13)

Relembremos da situação vivida pelo primeiro casal e família apontados no Gênesis, que optaram por abandonar a plena alegria e felicidade junto de Deus e passaram a viver o sofrimento, a dor, a morte, o caos, como hoje ainda ocorre.
Relembremos a maravilhosa e abençoada vida que podem ter aqueles que, conforme dito no Salmo, temem ao Senhor e vivem de acordo com a vontade Dele.
Relembremos a imagem daquelas crianças do evangelho, sentadas com Jesus, tão próximas Dele, desfrutando do Senhor a da sua bênção.
Relembremos a salvação que nos é oferecida, apontada aos Hebreus e a nós também, e não nos desviemos dela, não desprezemos o que o próprio Senhor Jesus oferece a cada um de nós.

Permitamos que Deus esteja presente na nossa vida e que Ele possa usar a nossa vida para que outros venham a conhecer o nosso Senhor e Salvador.


Texto baseado na mensagem pregada por Mauro Zandonai Lemos Pinto na CELC - Missão Palhoça em 04/10/2015

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